terça-feira, 14 de agosto de 2012

Poema Depressivo



Encontro-me mais uma vez à beira do abismo sem saber o q fazer, o que dizer 
ou como agir. O meu castelo de sonhos, esperanças e risos de criança desmoronou 
por completo. Só sobraram ruínas, escombros e pedaços lamacentos e encobertos 
pela névoa..... Não há mais por onde lutar..... Querer ser alguém é algo que se tornou inteiramente impossível. A loucura da depressão ganha terreno e nem os pequenos momentos de felicidade atenuam-na...... Estou perdida por entre nevoeiro e neblina 
escura, cantando o fim e a solidão. Os jardins de meu pensamento secaram ao toque 
da realidade. Os sepulcros que outrora se encontravam distantes, hoje aproximam-se chamando-me para perto das almas danadas que em tempos choraram o mesmo 
sangue q eu. Não há mais lugar para mim. Não há mais forças nem mais esperanças. 

Quero viver cantarolando e rindo ao longo de prados e planícies, ser a criança pura e 
ingénua, aberta a todas as sensações e a todos os sonhos de outrora....... Mas é 
incompreensível que depois de tantos anos me sinta acabada. Morta e exausta de 
tanta luta por nada. De tanto sofrimento por vazio...


Baixo as mãos e ergo os olhos até ao céu. Escuro e triste, silencioso e ausente, vejo 
o futuro ali estampado.... É o q me resta. O vazio e a ausência. A tristeza e a demência. 
Para sempre ser errante... perturbando a paz desta voz q caminha e caminha, perseguindo 
o mesmo destino: a morte do sentido e a fuga deste corpo...








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